Um tempo distante
Gosto das vidas achadas
No sulco das palavras abertas
Que escorrem na parede rala da alma
Para implodir o pranto num fio de lágrima
Em pleno silêncio ouço o fado cantado
E danço só para alargar a minha solitude
Que rabisca a pele na retina da luz
Deixando a minha consciência em tráfego
Fingindo cercar o que sempre escapa
Sou contra o que aparece no espelho inverso
Arrepio-me no silêncio da visão nua e descrita
Vejo todos os desgostos que atravessam a rua
Também troco a vertigem da moldura
Sobre todos os prantos caídos do meu signo
Jogo fora a energia que desfigura o tempo
Para adestrar o meu no sentido estático
Um passo à frente e já estou em outro lugar
Quero experimentar um novo tempo
Vivo a vida receando qualquer vanguarda
Que lateja no silêncio de um tempo distante
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NoDerivatives 4.0 International License.
Gosto das vidas achadas
No sulco das palavras abertas
Que escorrem na parede rala da alma
Para implodir o pranto num fio de lágrima
Em pleno silêncio ouço o fado cantado
E danço só para alargar a minha solitude
Que rabisca a pele na retina da luz
Deixando a minha consciência em tráfego
Fingindo cercar o que sempre escapa
Sou contra o que aparece no espelho inverso
Arrepio-me no silêncio da visão nua e descrita
Vejo todos os desgostos que atravessam a rua
Também troco a vertigem da moldura
Sobre todos os prantos caídos do meu signo
Jogo fora a energia que desfigura o tempo
Para adestrar o meu no sentido estático
Um passo à frente e já estou em outro lugar
Quero experimentar um novo tempo
Vivo a vida receando qualquer vanguarda
Que lateja no silêncio de um tempo distante
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NoDerivatives 4.0 International License.