A Escritura da Justiça

As portas lacrimejam por um ar de misericórdia

Pois os enigmas estipulam

O momento sóbrio do prazer

O meu coração almeja as hastes do solitário

Quero viver suplantando infames sangrias

Na tirania do amanhecer

Desviro o encantamento das cordas da justiça

Localizo o ponto do discurso ininterrupto da tarde

Instigando o natural descenso até as alamedas do abismo

A meticulosa alienação se desintegra

No momento súbito de meu parecer

Na longa jornada cauterizando a síntese invejosa

Que rabisca o coração autoritário

Nas rédeas da luz

Desisto de entregar o meu corpo

Ao coração da iluminação

Que depõe os ingredientes para a nova vida

Transformando os enigmas em altos fardos de misericórdia

Os trâmites se duvidam pela forma

Inconsequente do infame

O paraíso preconiza as labutas da ilusão

Onde decifro testamentos impostos

Pela forma famosa da tortura estabelecida

Pelas formas totalitárias do medo

As armações falecem as armadilhas

Onde os laços resignam a partitura da escuridão

Escondo a situação aniquilada

Pela redenção que assola a deidade de meu imaginário

Confisco o parlamento da saudade

Revigorando sonhos nas veredas do caos

Rejuvenesço na cicatriz do espaço

Deturpando sonhos na solidão invasiva do meu parecer

Olhem as vilas sendo desmanteladas

Como se os suspiros da vida

Não reagissem ao confronto da dor

O momento reparte seus sentidos

Minha vida entorpece a palavra de ordem

O mundo não colabora com os edifícios da paz

Onde confisco a anarquia de meu parecer

Julgando a autoridade do infame

Desapareço com as pestes

Que desintegram o caminho até a labuta do pesadelo

Como esperar o destino atrofiado

Pela dissolução de sua amargura

A permanecer compactuado com a luta da inimizade?