
À beira da estrada
Quando a nossa infância fica para trás,
temos o tamanho das coisas
numa visão menor,
a casa grande nem era tão grande,
as montanhas sim,
continuam tocando as nuvens no céu.
Chego à me perguntar;
Será que a escassez atual de chuva,
faz as minhas lembranças…
Esperar a noite chegar,
sabia que o silêncio tem mais palavras à nos dizer,
do que se pode imaginar, quando todos dormissem,
e as aves se aquietassem.
Pode ser que debaixo de uma sombra
você esqueça a sua alma,
e recupere uma outra alma sua, há muito guardada,
pode ser num gesto,
ou num simples aceno à beira da estrada,
pode ser na poeira da sensação,
que dá no verde que se perde atrás dos montes,
ou nunca algo foi tão marcante a ponto de lhe prender,
pode ser que algo muito mais importante esteja para acontecer.