“DISTANTE DA AREIA”.
Jangada a pau, e velas de saco...
Adentra ao mar o velho pescador,
Velho de idade, mas não homem fraco;
Criou-se no mar e por ele tem amor...
As gaivotas, a sua música preferida;
O verde do mar sua preferida cor...
Seu barquinho a velas, o seu meio de vida,
Seu ranchinho de palha que herdou do avô.
Nas noites de lua quando em alto mar
É chuva de estrelas em meio à imensidão,
Ele sente-se o dono de todo o luar...
Ele estende os braços, e abraça a amplidão.
Passa a madrugada, então o dia clareia...
O dever lhe chama é hora de pescar;
Está em alto mar, distante da areia,
Vê as redes cheias... Ele agradece ao mar.