nasço de novo morro novamente
amanhã
daqui a pouco
em algumas horas
brisa
águia
estrela
era lua minguante
agora é lua crescente
de niterói a são paulo
passando por salvador
hoje é lauro de freitas
agora o poema
logo a rede
os movimentos do silêncio
no imenso bosque dos ruídos
vozes vales veios e véus
agasalhando nuvens
envolvendo lembranças
tecendo no mesmo caminho
passos novos rumos diferentes
é só uma máscara o tempo
a eternidade começa e termina
quando respiro
quando olho
quando escrevo
nasço de novo
morro novamente