Lembranças
Guardo infinitos invernos no meu coração já frio, tocado pela solidão.
Parece que não muda as estações, sempre é noite e não há mais risos entre os lábios que antes sorriam.
Tento manter-me sã, ludibriar o tempo que insiste em trazer lembranças que eu luto tanto para esquecer. Foram tantas idas sem volta, tantos beijos sem despedida; braços que abraçaram o vento.
Ainda sinto o perfume da ausência de não saber lidar com o silêncio do "adeus" nunca dito. Em meio à tantos porquês... nenhuma resposta se ouve para quem insiste em ficar.