Momento
O homem que eu fui,
se foi daqui no despertar da juventude.
Partiu ao sol obliquo da madrugada,
rumo a cidade grande.
O homem que eu fui voltou.
E hoje caminhando pela avenida de pedras negras, lembrou do velho cinema
onde aprendeu a sonhar,
do caminho da escola,
e daquele canto exato da velha praça central,
palco de longas conversas sobre os livros de Herman Hesse.
O homem que eu sou
deu graças pelas oportunidades
e desafios,
a vida que o moldou.
E quase ironicamente ,
para si mesmo cantarolava
uma antiga canção,
trilha sonora do dia em que partiu.
Oh! Baby, Baby it’s wild world....