A MITOLOGIA DA VAGINA
A vida é uma canção de Tristeza
Tristeza que em muitos dá Mágoa
A ponto de beber o sangue com Raiva
E, nisso tudo a loucura termina em Nada
Pois, a vida é um bom transar que Mata.
A vida em sombras que grita à Alma
Perdida na cama do desespero me Salva
Pois, a nudez da vida nos deixa Marcas
Em canções de bruxas a entoar Pragas
Terminando a vida no berro da escondida Vala.
Vida de tensão no peito beija Cálida
E, depois da ilusão rasga com Tapas
Cobra de mortífero êxtase de dó em Picadas
Vislumbrante de amor se faz Maldita
E dança a funesta ira de mulher Ferina.
Vida que encabeça o mistério de prostituta Lânguida
Trajada de assombro do céu ser Azulina
Não perde a chance de ser má à Assassina
Escondendo a beleza de ávida Bandida
Sendo a vida um misto de demônio à dádiva Caída.
Morre, mata, invoca, explode... Arrogante ideia Matada
Sangrada na guerra de ética da moral Pancada
Seja o pesadelo dessa certeza ecoo que Gritava
E no tempo da liberdade o destino ela Assolava
Pois, muito mais bonita era a vida que eu Cantava.
Ó destino que à tantos levou a vida Embora
Presa nos desejos de amores puta Rústica
És a enamorada dos vórtices de boca Rubra
Teu querer é um propósito de verdades Nuas
Mesmo que a face do destino seja Adunca.
Trepa... Come... Si banha no mel da elegia da Alma
Faz amor sem significado de paixão Acirrada
E continua no caminho teu de sonhos Acordada
Pois, somos feridas abertas em carnificina Vencida
Goza no antegozo do inferno o prazer de Gemida
Na apoteose de rameira a deusa mais bem Temida.
Pois, aos homens está o nascer eterno da vida à Vagina.