Caminhos singulares
A luz do sol flutua
Em ondas curvas de brilho natural
Que escorre no alvorecer
O tempo segue em caminhos pródigos
Ao envolver as estrias em partes
Bem singular é o curso da rosa
Leio os nomes escritos na pedra
O passado veio como uma preleção
Que passa despercebido e sem intensão
Num discurso quase deserto
Entre a frágil lição e a brutalidade
Que espanta a voz desunida de quem segue
Sem as saudades expostas na vitrine
Sinto uma carência restrita
Plantada nas paredes do individualismo
Tem coisa que não conheço e sinto falta
Vejo o dia penetrar na noite
Através da memória que surge em versos
A porta se fecha sem espaço
E a insônia dorme entre evidências
Eis que suas palavras me fecundam
Não sei em que distância via o seu sorriso
Vou caminhando para fora do mundo
Tudo quase sem prévia posição
Deixando para trás os caminhos singulares
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