ALCOOLISMO

Tenho pena da mulher que ama

E que todos os dias, sente o cheiro da "lama",

Em sua cama.

Aquela que engole o choro, tentando desse agouro,

Se libertar.

Sente na pele o abandono

E enxerga tudo aquilo que o seu amado deixou de enxergar.

Sonha em salvar o seu amor

Suporta por algum tempo o dissabor

Derrama "rios" de lágrimas e com dor nas entranhas

Apanha da própria dor.

Relembra os dias de glória que a sua história

Guardou.

Insiste tentando salvar, o que aquele bar,

Dela tomou...

Amado nojento, mulambento, chegou...

Adentrou o quarto e violento, se negou.

Pobre amante nesse instante se acordou...

Procurou igrejas... Gastou dinheiro e o companheiro

Nem ligou.

A todo custo e vivendo o susto do dia a dia

Nessa agonia do morto vivo que desposou.

O alcoolismo destruiu as alegrias e as fantasias

Que sonhou... E nessa triste sina

Aquela pobre menina

Definhou...

Amou o quanto pôde,

Mas essa banda podre

Não suportou...

Quantas mulheres vivem esse drama!

E a vida trama em desfavor.

Eu me convalesço e ofereço a minha dor

Porque sou a favor da felicidade

Para as beldades que Deus criou.

Quem ama não bate

E nem rebate com ingratidão.

Se tu queres amar, não deixes o bar,

Tornar-te dormente, pois assim não tu sentes,

Esse amor puro

Que até no escuro

Quer te abraçar e os dias, findar, ao teu lado.

Tome cuidado e enxergue quando o mal vier...

Cuide bem da sua mulher.

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 15/01/2019
Reeditado em 15/01/2019
Código do texto: T6551473
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