ALCOOLISMO
Tenho pena da mulher que ama
E que todos os dias, sente o cheiro da "lama",
Em sua cama.
Aquela que engole o choro, tentando desse agouro,
Se libertar.
Sente na pele o abandono
E enxerga tudo aquilo que o seu amado deixou de enxergar.
Sonha em salvar o seu amor
Suporta por algum tempo o dissabor
Derrama "rios" de lágrimas e com dor nas entranhas
Apanha da própria dor.
Relembra os dias de glória que a sua história
Guardou.
Insiste tentando salvar, o que aquele bar,
Dela tomou...
Amado nojento, mulambento, chegou...
Adentrou o quarto e violento, se negou.
Pobre amante nesse instante se acordou...
Procurou igrejas... Gastou dinheiro e o companheiro
Nem ligou.
A todo custo e vivendo o susto do dia a dia
Nessa agonia do morto vivo que desposou.
O alcoolismo destruiu as alegrias e as fantasias
Que sonhou... E nessa triste sina
Aquela pobre menina
Definhou...
Amou o quanto pôde,
Mas essa banda podre
Não suportou...
Quantas mulheres vivem esse drama!
E a vida trama em desfavor.
Eu me convalesço e ofereço a minha dor
Porque sou a favor da felicidade
Para as beldades que Deus criou.
Quem ama não bate
E nem rebate com ingratidão.
Se tu queres amar, não deixes o bar,
Tornar-te dormente, pois assim não tu sentes,
Esse amor puro
Que até no escuro
Quer te abraçar e os dias, findar, ao teu lado.
Tome cuidado e enxergue quando o mal vier...
Cuide bem da sua mulher.