Te chamo Siá,
minha Líra
me satisfaz quando a sonho
desaflora-rá se me interpretas
das flores nunca saíram mentiras
nem os anjos esculpidos em mármore
foram vistos, mas libertos
não sou covarde por ir morrendo
com barro em minhas mãos
melhor que morrer de vez, irmã
aquele momento, da imagen perdida
no riacho que flui
e tu ao meu lado, devora a quem não vê
padecemos sempre um dia
a cada letra tecida
um mar de sonhos aos caracóis
este meu relógio destruidor
feroz,
decipou tantos momentos
Ficam, movimentos ainda
nos lençois bordados
da nossa poesia
Ai Siá, tu
tão invisível
me tiras os segredos que tinha para inventar
pensei nos campos de papoilas
antes do telefone existir
agora, te quero imprimir!