Te chamo Siá,

minha Líra

me satisfaz quando a sonho

desaflora-rá se me interpretas

das flores nunca saíram mentiras

nem os anjos esculpidos em mármore

foram vistos, mas libertos

não sou covarde por ir morrendo

com barro em minhas mãos

melhor que morrer de vez, irmã

aquele momento, da imagen perdida

no riacho que flui

e tu ao meu lado, devora a quem não vê

padecemos sempre um dia

a cada letra tecida

um mar de sonhos aos caracóis

este meu relógio destruidor

feroz,

decipou tantos momentos

Ficam, movimentos ainda

nos lençois bordados

da nossa poesia

Ai Siá, tu

tão invisível

me tiras os segredos que tinha para inventar

pensei nos campos de papoilas

antes do telefone existir

agora, te quero imprimir!

Divavid
Enviado por Divavid em 14/01/2019
Código do texto: T6550502
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