MEU CANTO

Queria ter na voz
o canto dos pássaros,
um simples arrulho, um sussurro,
que ecoasse sobre as águas
colorindo as tardes mansas.

Eu queria que meu canto
fosse um deslizar macio,
pairando em cima dos rios,
num voo alado de pombos.

Não queria um canto mudo,
mas, sim, um canto orgulhoso
se espraiando sobre tudo.