DEGUSTAR DA LÍNGUA

DEGUSTAR DA LÍNGUA

A língua que lambe o frio
lambe o doce e lambe o quente.
Lambe também, o sal,
salmonado da puberdade...
Lambe corpo se contorcendo
com vontade se lambendo
o gosta da grande verdade.

Sob lambe, lambe lambendo
em sua anciã, de volúpia
gemido caliente ao ápice
ardente da evolução...
Com delírios delirado
e os tics-tacs assombrados
em movimento e contorção.

Lambe também, o desejo,
que nos cega entre piegas
entre pernas as marcas cravejadas
com o impulso sobre a terra...
Posicionando em densas paixões
sob raças e cores cegas
e o grená dos corações.

A língua que lambe, lambe
lambe a lua o mel e o peito,
lambe em jeito de videogame
Arfando, sob sacolejo...
Lambem também, ardente desejos...
Do gozo gozado da gente,
da língua com todos os beijos.

Antonio Montes
Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 13/01/2019
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