TANTAS CORES
TANTAS CORES
Tantas cores
Tanta simbologia
Tantos amores
Tantas dores
Perdidas em palavras vãs
A hora está velha
Diz-se amarelada
Quisera-a verde
Esperançando
Machuca o abandono
De tanta gente
Em diversos tons de cinza
Como se esse perene fosse
Há azul há rosa
Há branco, há vermelho
Há preto, há tantos tons
Em quatro estações
E a alma invisível
Adota a cor de que mais gosta
Todas fundidas em multicor
E vem o delírio
De um silêncio sem afim
Abafado pelo burburinho
De descoloridos sem fim
Querem a noite ininterrupta
Céus sem estrelas
Um leque de negritude
Ignorando a evolução
Gelando as mãos e as bocas
Daqueles que ousam sonhar
Um leque aberto
Abanando de brisa
Os tempos além do horizonte
Sem nuvens que o entristeçam
Num lugar com desejo de sonhar
Sem pranto, sem desencanto
Sem dissonâncias vis