TANTAS CORES

TANTAS CORES

Tantas cores

Tanta simbologia

Tantos amores

Tantas dores

Perdidas em palavras vãs

A hora está velha

Diz-se amarelada

Quisera-a verde

Esperançando

Machuca o abandono

De tanta gente

Em diversos tons de cinza

Como se esse perene fosse

Há azul há rosa

Há branco, há vermelho

Há preto, há tantos tons

Em quatro estações

E a alma invisível

Adota a cor de que mais gosta

Todas fundidas em multicor

E vem o delírio

De um silêncio sem afim

Abafado pelo burburinho

De descoloridos sem fim

Querem a noite ininterrupta

Céus sem estrelas

Um leque de negritude

Ignorando a evolução

Gelando as mãos e as bocas

Daqueles que ousam sonhar

Um leque aberto

Abanando de brisa

Os tempos além do horizonte

Sem nuvens que o entristeçam

Num lugar com desejo de sonhar

Sem pranto, sem desencanto

Sem dissonâncias vis

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 12/01/2019
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