Tempestade
Olho os céus: lá estão:
Nuvens negras, vento forte!
Adoro tempo sombrio,
Não há medo ou calafrio.
Tempestade se avizinha:
Ventos fortes, a chuvinha,
Claro que vai piorar.
Ela vem manso, devagar...
Derepente algo explode!!!
Barulho celeste,disforme.
E começa o trovejar,
Pobre tia grita sem parar...
Que medo ela está !
Eu sorrio feliz com a festa.
Raios riscam do céu à terra
Tudo lindo de se ver.
Medo? De que? Deus existe!
Morrer é inevitável mesmo,
Então porque tanto pavor?
Bobagem, morrer aí- indolor!
Rápido, você nem sente!
Gosto da ventania irmã,
Beija,afaga, traz presente,
Ela e eu somos parecidas.
Arredias, impulsivas, ariscas,
Nunca fomos entendidas!!
Sempre nos torcem o nariz...
Então, não dobramos cerviz.
Vou embora com minha irmã,
Derrubar árvores e flores,
Espalhar sementes e dores
Nunca deixar de ser sã.
Pois Ventania não sente,
Somos força indiferente
Acima do bem e do mal,
Conduzindo irmão temporal.
Saneando, limpando tudo
O homem fica desnudo,
Pequeno diante de Deus.
Para isso os ventos meus!
Quero ver tudo arrumado,
Chuva aliviando campo, gado.
Mantendo o Homem de pé,
Posso rejuvenescer sua fé!!!