Frestas de Luz
Abri a porta do meu quarto secreto.
Lá estava tudo tão quieto.
E então, vi frestas de luz entrar.
Toquei ali em paredes úmidas.
Cor opaca e nem um brilho.
O tempo, deixou aqui suas marcas.
É aqui que sinto a dor e a alegria.
E assim dou vazão a euforia.
É aqui que a luz afasta a solidão.
E assim há esperança invés do eu não.
Balancei cortinas e vi mais luz.
Eram raios vindos das janelas.
E presenciei, elas se abrem como asas.
Pensei que não haveria tanta luz
Nem tão pouco imenso brilho.
Mas me vi, surpreso e feliz.
Eu abri o quarto e tudo estava lá
E ali tinha sonhos por cima da cama
Eu abri e vi, a decoração estava intacta.
Talvez um pouco empoeirada.
Veio até mim tão grande coragem
E de dentro uma vontade de gritar...bem alto.