Frestas de Luz

Abri a porta do meu quarto secreto.

Lá estava tudo tão quieto.

E então, vi frestas de luz entrar.

Toquei ali em paredes úmidas.

Cor opaca e nem um brilho.

O tempo, deixou aqui suas marcas.

É aqui que sinto a dor e a alegria.

E assim dou vazão a euforia.

É aqui que a luz afasta a solidão.

E assim há esperança invés do eu não.

Balancei cortinas e vi mais luz.

Eram raios vindos das janelas.

E presenciei, elas se abrem como asas.

Pensei que não haveria tanta luz

Nem tão pouco imenso brilho.

Mas me vi, surpreso e feliz.

Eu abri o quarto e tudo estava lá

E ali tinha sonhos por cima da cama

Eu abri e vi, a decoração estava intacta.

Talvez um pouco empoeirada.

Veio até mim tão grande coragem

E de dentro uma vontade de gritar...bem alto.

Edu Magalhaes
Enviado por Edu Magalhaes em 09/01/2019
Código do texto: T6547012
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