SENHOR CIDADÃO.
Senhor cidadão
me diga o que foi,
sua cara pálida
de tanta chorar,
seus olhos morteiros,
sua calça rasgada,
sua mão calejada
de tanto penar,
me diga agora,
sobre sua agonia,
essa pele fria
querendo gritar,
me diga agora!
Enquanto há tempo,
de recuperar,
me diga porque
mudou-se de lado,
me dê seu recado
para eu poetar,
caiu num buraco,
quebrou uma perna,
e a sua sina a perdurar,
o que ti governa,
quer o seu suor,
quer as suas viceras,
pra poder fartar-se,
tu foi enganado
senhor cidadão,
e essa lição o tempo
o trará,
seu dono quer guerra,
sem ter uma arma,
seu dono quer terra,
ele quer retirar,
os donos nativos,
deste lugar,
senhor cidadão,
olha o que tu fez,
sem mesmo saber
deu ao insano poder,
a pátria caminha
para triste guerra,
e conta sabe quem
vai pagar?
O nosso destino
assemelha a um menino
que não sabe aonde ir,
nem aonde chegar.
Senhor cidadão
me diga o que foi,
sua cara pálida
de tanta chorar,
seus olhos morteiros,
sua calça rasgada,
sua mão calejada
de tanto penar,
me diga agora,
sobre sua agonia,
essa pele fria
querendo gritar,
me diga agora!
Enquanto há tempo,
de recuperar,
me diga porque
mudou-se de lado,
me dê seu recado
para eu poetar,
caiu num buraco,
quebrou uma perna,
e a sua sina a perdurar,
o que ti governa,
quer o seu suor,
quer as suas viceras,
pra poder fartar-se,
tu foi enganado
senhor cidadão,
e essa lição o tempo
o trará,
seu dono quer guerra,
sem ter uma arma,
seu dono quer terra,
ele quer retirar,
os donos nativos,
deste lugar,
senhor cidadão,
olha o que tu fez,
sem mesmo saber
deu ao insano poder,
a pátria caminha
para triste guerra,
e conta sabe quem
vai pagar?
O nosso destino
assemelha a um menino
que não sabe aonde ir,
nem aonde chegar.