Construção
Sou um homem em desconstrução
Venho -me
desconstruindo aos poucos,
Meu mestre de obras é
um poeta louco,
Devagar vai pondo-me todo ao chão.
Tijolo, pedra, ferro e cimento ,
A visão do mundo que me deram todo o tempo
desmorona e vira pó
E eu,
não sinto o menor ressentimento.
Quero olhar para o espelho
e para as estrelas com meus próprios olhos
Ainda que veja a mesma face,
o mesmo céu.
Então minha obra estará completa,
serei eu mesmo,
minha obra predileta.
Onde estiver meu coração,
Lá estarei.