Metamorfose
Mas que graça!
Fácil assim, graciosa assim,
dançando na brisa grave que me acordou.
Vejo você no ritmo,
acompanhando a natureza ardente e refrescante do seu ser faminto, e...
E agora entendo.
Sim, entendo o que você me pede.
Você me pede pra soltar, pra correr
Implora-me uma razão pra não voar, e eu não sei responder.
Não sei porquê não, te digo,
Apenas não consigo! não sou como você, minha bela.
Entendo que não queira mais ficar, acalentar e sossegar
Esse meu viver tão sórdido.
Você agarrou a chance de crescer, madurou! E se firmou no ar...
Pena de mim, que não soube virar borboleta
e aprender a voar.