Mais fere que feridos.
Mais dentes que mordida
Onde estaria os sentidos escondidos?
Que sofrimento chega aos pés dos trilhos?
Que trem passa uma estação batido?
A hora da partida sem usuários
A chegada da memória irrigada,
Um trem prestes a partir;
Dentro da vida segue a passagem
Do alto das coisas 
Da baixa temporada 
Caem chuvas
Terra molhada,

A alma veste roupa encharcada
No mês de maio 
De ontem era março,

Repetição dos antepassados
Vividos...vivos
Do presente e do futuro
Sol,
Chuva,
Todas passam
Voltam sem dizer que voltaria
Nesse passeio da memória
Irrigada...
Lilian Meireles
Enviado por Lilian Meireles em 07/01/2019
Reeditado em 07/01/2019
Código do texto: T6544704
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