Mais fere que feridos.
Mais dentes que mordida
Onde estaria os sentidos escondidos?
Que sofrimento chega aos pés dos trilhos?
Que trem passa uma estação batido?
A hora da partida sem usuários
A chegada da memória irrigada,
Um trem prestes a partir;
Dentro da vida segue a passagem
Do alto das coisas
Da baixa temporada
Caem chuvas
Terra molhada,
A alma veste roupa encharcada
No mês de maio
De ontem era março,
Repetição dos antepassados
Vividos...vivos
Do presente e do futuro
Sol,
Chuva,
Todas passam
Voltam sem dizer que voltaria
Nesse passeio da memória
Irrigada...