ÁGUAS PROFUNDAS! (155)

Lentamente, pela margem do rio do destino, ando,

Absorta o vejo, descer devagarinho, manso,

Suas águas profundas e escuras, como um manto,

Me atraem e a elas, quase me lanço...

Louca, penso ver-te, a me chamar,

E o rio que passa, minhas lágrimas, a rolar,

A aragem fria, que me paralisa, me envolve,

Te arrasta, para longe de mim, foge...

Há pegadas na areia, solitária as sigo,

Vejo o quanto é extenso, este novo caminho,

Sinto que ao ver-te novamente, estarei fortalecida,

Pisei nas marcas de um anjo, que me devolveu a vida...

E, se o amor me esperar numa curva da estrada,

O trarei para passear comigo, numa noite enluarada,

Nossos pés ficarão tatuados, na areia fina,

Paralelos, d’um casal, que de mãos entrelaçadas... Caminha...

Lani (Zilani Celia)
Enviado por Lani (Zilani Celia) em 07/01/2019
Código do texto: T6544698
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