Dize la!
Dize lá! A tua estória
Se de hoje, se de outrora
Se desse tempo presente
O que trarás aos teus
Dias vindouros?
Se culpa, se nostalgia
Se simplesmente alegria
São torrentes em profusão,
São dias de plena harmonia!
Se inferno
Se céu
Se melodia.
Dize lá! Das tuas paisagens,
Se doces
Se coloridas
Se verdes
Se ressequidas
Se brumas
Se chuva
Se sol.
Há tanto mar sobre os teus ombros,
Ombros de Hércules!
E tu transpassando as procelas,
Quase que intransponíveis,
E, que já, por tantas vezes sentidas!
Dize lá! Nesse teu livro,
O que acende a tua insônia?
São tantas ondas...
E tu, já não podes conta-las
São tantos sons!
E tu, já não sabes quais sons perturbam o teu sono
São tantos sois!
E tu, já não sabes, quais as tardes
Que acendem a tua insônia!