Dia de domingo
É um dia qualquer
Que surge na marca crescente
E tudo será desfeito no dia seguinte
Quando o tempo segue e contempla
As nuvens que se prostituem no espaço
Num eco acossado de ternura
E o sol brilha na luz intensa do dia
Maculando a fé inteira da minha alma
Existe no silêncio uma angústia profana
Debruçada num tempo futuro
Alegando o espaço falho no grão da terra
A vida é desse jeito e haverá de seguir
Quase tudo me encanta e toca
Despida de mim estou no tempo que se abre
Na consciência plural do meu dia
Formatando o encanto que sublima a vida
Contida no espaço santificado
Que trafega na hipocrisia estendida
É inútil jogar fora o resto rasgado do dia
Tudo retorna num ciclo vicioso pela luz da vida
Que envolve o tempo e a eternidade
Vejo o sonho listrando os meus escritos
Venho de longe num resto de noite sem cópia
Paralisado na brancura do céu azul
Sinto falta das partes que o vento leva
Caída sobre o altar de uma oração dita
Que dilata o orvalho em lágrimas isoladas
Sem pensar em nada fecho todas as portas
E caminho sem olhar com os olhos de quem amei
O tempo furtou a lógica dos meus sonhos
E apagou a chama da pedra.
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Interação do meu Mestre Jacó Filho
Espalho-me em luz cósmica,
Pra voltar feito em sonhos...
Eliminando ideias tóxicas,
Que com razão, me oponho...
Parabéns!
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