O Cálice do Futuro
O descanso afeta o calor impróprio da morte
Cicatrizo as confissões de meu imaginário
Que se organizam na simples postura
Que acalenta as partes miscigenadas da dor
Recupero a noção da margem de vitória
Onde o meu coração satura ilusões
Cauterizadas pelas cicatrizes de meu imaginário
Convivo com minha imaginação
Que configura planos na alameda da noite
Esqueço o plano espacial de minha partida
Pois as cordas do destino enforcam
A assinatura da emoção
Permaneço de pé inabalável
Pelas cicatrizes da dor
Escrevo pétalas em chamas
Pois o destino se apossa de meu chamado
Despeço a solidão iníqua do acaso
Ofereço o sacrifício de meu coração
Quando aposso a escuridão
Nas alamedas do anormal
Quero sobreviver ao armageddom
Que me roga experiência
Na configuração ditatorial
De meu imaginário
Executo o divino dia que ensoberbece
A sombra do paraíso
Desfiro golpes onde minha alma
Nocauteia a sólida voz
Encantadora que congratula
A solidão individual da escuridão
Resseco minhas vestes
Pois o sobrenatural inspecciona
O recanto inóspito do sofrimento
Rebato a enxurrada de ilusões
Que abatem as lagrimas dispersas
Do momento refrescante da paz
Inundo as veredas do descenso
Na saudade inóspita da dor
Prefiro mudar o cálice do futuro
Do que preconizar alienações
No futuro sorrateiro do infame
Escondo meus prazeres
Como se o meu coração não descartasse
O mundo difamatório
Na sequência insatisfatória
Que abate minha sequência
Saturada na dimensão abrasiva matinal