As Pétalas Guardiãs

Preso nas celas do futuro

Parece que minha alma quer se embebedar

Como se os meus olhos

Chorassem a mágoa do infame

Queria compactuar o horizonte

Que se desfaz em pedaços

E a divisão nutre o meu coração

Como se as tempestades aniquilassem

O caminho inóspito do infame

Atrofio a sagaz jornada

Onde o contato com o mundo esconde

As pétalas guardiãs que enaltecem

A corda divisional do horizonte

Embraveço o tempero do acaso

Divido o papel solidário que nocauteia

A conclusão final

Queria aniquilar a sedução de meus sonhos

A dádiva insiste em mudar a parcela

Nocauteada pelos sonhos inconclusivos da noite

O sacrifício desmente minha dor

Como se a cidade fosse escrita

Pela admissão dos sonhos

Pois a saudade cauteriza meu imaginário

Destilo a sagacidade da dor

Pois o conflito ensoberbece

O sentido ilusório do inconsciente

A simplicidade enobrece

A sagacidade do amor

Prefiro nocautear a ilusão de sonhos

Pois desfiro ataques no lado consciente da razão

Olho a satirização que preenche meu destino

Nocauteando a forma cômica da ilusão

Suplanto a necessidade da dor

Pois a asfixia enobrece o momento suplicante

Que desfila sua dor no ponto arrasador do paraíso

Sugiro a ocupação da inabalável

Forma artística que preconiza

A noção do imaginário

Pois o destino contamina nossas razões

Abatendo assim o fardo secular de justiça

O formidável exemplifica

A noção racional do medo

Pois o anormal ocupa a cadeira desmembrada

Pelo atrito atônito da dor

As cartas não condizem

Com o seu verdadeiro oficio

Pois o incomum orbita na existência do caos

O semblante instiga a minha vitória

Pois o término do inconclusivo

Se misturam nas formas passionais do incomum

Quero redigir a associação glamourosa do destino

Pois o inviável retira o sorrateiro momento

Nocauteado pelas asas infames do incomum

O sangue modela o confronto cercado

De reações camufladas

Pelas vestes ressecadas do desvanecer sagrado