Faz de Conta II

Deu-se ao tempo das reflexões necessárias.
Já não lhe agradavam os sorrisos ensaiados à procura dum flash.
O que não fosse espontaneidade estaria fadado ao incômodo.
Permitia-se folgar dos compromissos marcados nos ponteiros do relógio.
Antigamente já não fazia sentido.
Por coerência,
dedicava-se ao presente,
ou,
quem sabe,
 incauto futuro
de qual dispunha por usufruto
dos frutos então plantados.
No abrigo da paz interior
desobrigou-se de um faz-de-contas entediado.
Amanheceu.
 
Rogoldoni
01 12 2018

 
Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 04/01/2019
Reeditado em 05/01/2019
Código do texto: T6542803
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