Sem dignidade
Sede de Direito ainda tenho (e)
Morro ante vultoso mar de normas
Envolto turbilhão que deforma
Dignidade que não mais contenho
Fome de Justiça ainda tenho (e)
Perante farto prato de leis morro
De pejo, de dor e sem socorro
De doutos pretores do engenho
Regras não quero mais me ordenando
Pendidas em fiel de balança
Àquele que paga escravizando
A restar de boca o grito que lança
Eu que perdi a mão da esperança
Em segunda instância apelando
Ao usurpador de minha conduta
Contesto o infringir embargando à luta.