O amor e o tempo

Minhas palavras não são tuas,

Mas quando me lês decifras que sou,

Perdido no passado-presente,

Desconheço por vezes meu próprio sentir.

Certamente o tempo não nos foi favorável,

Não era o momento, me apagaste ou não acendesse,

Continuei a ser luz, acendi em outros caminhos,

Tempo passado, passado tempo, eu nu de mim.

Algumas frustrações te fecharam os olhos,

Outras tantas te taparam os ouvidos,

Não me visse, nem a minha voz ouvisse,

Não era loucura, eramos eu e meu silêncio ensurdecedor.

O amor que bateu a tua porta passou,

Eu também passei e assim nasceu o desamar

Nós amamos um tempo, desamamos noutro,

Desamamos um tempo e aprendemos a amar o desamado.

Mas o tempo passa e nós também passamos,

Amamos hoje e ontem, mas amanhã desaprendemos o amor

A cada relação intrínseca a nós ressignificamos o amor

E assim ele nunca morre, nem deixamos de amar.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 03/01/2019
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