A angústia

Uma fúria, um dilema

Ela chega de mansinho

Exala-se como vírus

A sensação não é de carinho

Quisera ser leve

E não ter nenhum problema

E mesmo que seja breve

Gostaria que não virasse um dilema

Aperta o peito

Dor que não tem fim

Ainda que o tempo passe

Continua o desrespeito

Mesmo rezendo para senhor do Bonfim

Para muitos é estranho

Quase ninguém entende

E mesmo que sem ganho

A noite ela se estende

Feito veneno na alma

Enjaula como prisão

Suplica por compaixão

Espantando toda a calma

Com ela serão da noite

Não fecha os olhos por um segundo

É como se a vida fosse

Criando um submundo

Esperança de sua partida

A qualquer hora e qualquer dia

Querendo ter felicidade

Superando essa dificuldade

Há o dia que vai desaparecer

Nem que seja ao entardecer

Feliz dos que não a possuem

Deixando que as coisas fluem

Minha vida, meu amor

Suplico para o Redentor

E mesmo que transforme em ferida

O sonho é com sua despedida

Dia que há de chegar

Podendo assim viver a vida

E a calma virá ao coração

Mesmo que jamais seja entendia

Neste dia se abrirá o portão

E haverá uma nova saída

Restando apenas o perdão

Com a alma engrandecida.

SILVIA F SOUSA
Enviado por SILVIA F SOUSA em 03/01/2019
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