Eu sempre olho nos olhos do abismo 
e penso:
"O quanto eu posso me divertir na subida?"
E salto.

A verdade é que não me vem nada à mente
Nenhuma resposta
Nada plausível
A pergunta é que me empurra.
Como quem diz "não pense demais"
E na queda, quebro e rasgo
Estilhaço

E rio

O sofrimento não me assusta
Me agrada

Sinto-me tão grande
E na hora de juntar os pedaços 
Não sei onde encontrar cada parte
Descubro pelo caminho
O que posso colocar no lugar

Me torno outra
Pronta pra subir.

Nunca tive medo de perder 
Me encanta descobrir como não me deixar faltar.