Matutalimoi
Quando a vi não achei que me fisgaria,
Mas o inconsciente me tentou com ideologia
A obrigação era de outra pessoa,
E como tudo fluído que escoa,
Trouxe-me seus problemas, como se eu não a desejasse!
Logo, a cada momento diante do impasse,
Mesmo que não percebesse a princípio,
Perdia-me em eu particípio!
Fazia-me rir,
Não me banir
Ainda que eu diferisse
Com minha típica casmurrice
Não ter reparado no início foi um engano
Por que divagava em meu conflito palaciano?
Sua melancolia também me entristecia,
Por mais que escondesse com ironia
Aquilo se alastrava como patologia!
Até quando obrigação se foi
A picada do matutalimoi!
E deixou um vazio em mim,
Da preciosidade de um marfim
A pensar nas madrugadas que perdi
Das antigas referências ao tupi-guarani
E dos preceitos que proíbem o Poti
A obrigação ser de qualquer um me enraivece!
A despeito de que eu a desinteresse
Então, inesperadamente novas rompem,
Na bela sinuca espero que encaçapem:
A que me ensina, a que me ignora, a que me lapida
Cada uma singular e não pretendida
Dom, obrigação, talento
Dom que tirou meu argumento
Dom que me buscou com sua onipresença!
E até então não me recompensa
Até o matutalimoi ser esmagado,
Pelo meu pé imaculado.