Medo
Quando minhas mãos tatearam vazios no escuro,
Teus olhos forma meu caminho,
Meus pés puseram-se sobre os teus,
Segui sem medo.
Talvez a coragem tenha sido meu carma,
Não desviei meus passos dos teus,
Decidi que serias minha luz, e sequer olhei pra trás,
O caminho que segui não era meu, nem teu.
Eu, cego que fui, não exitei em caminhar à tua sombra,
Jamais imaginaria que fora ela que me cegara,
Tatei vazios na esperança de tatear teu corpo,
Mas a outro corpo tua mão tocava, eu não via.
A minha coragem foi a maior traiçoeira,
Arrancou de mim a visão do horizonte,
O infinito era tu, efêmero e vão
E aqui estou, na esperança de que meus olhos se abram.