Enquanto a noite acabar-se em dia
A luta não sessa
Nem todo suor ou poeira levantada expressa
Corro até parado buscando outra realidade
Mesmo sabendo que é muito por vaidade
Sair da gruta buscando liberdade
Fuga da sanidade
Berro de raiva em silêncio
Ecoa na infinidade, percebo a vastidão
Sinto raiva da humanidade que não quer se libertar da ilusão
Sinto raiva dessa droga de composição
Mas eu quebro as algemas que me prendem
Subo aos céus e são anjos que me atendem
Sussurram palavras que nem todos compreendem
Eu visito oásis em desertos todos os dias
Tento voltar mas as jornadas são escorregadias
Mas nunca desanimarei de buscar utopias
Enquanto ao correr do vento sinto carícias
Enquanto o sangue ferver e a noite se acabar em dia