Enquanto a noite acabar-se em dia

A luta não sessa

Nem todo suor ou poeira levantada expressa

Corro até parado buscando outra realidade

Mesmo sabendo que é muito por vaidade

Sair da gruta buscando liberdade

Fuga da sanidade

Berro de raiva em silêncio

Ecoa na infinidade, percebo a vastidão

Sinto raiva da humanidade que não quer se libertar da ilusão

Sinto raiva dessa droga de composição

Mas eu quebro as algemas que me prendem

Subo aos céus e são anjos que me atendem

Sussurram palavras que nem todos compreendem

Eu visito oásis em desertos todos os dias

Tento voltar mas as jornadas são escorregadias

Mas nunca desanimarei de buscar utopias

Enquanto ao correr do vento sinto carícias

Enquanto o sangue ferver e a noite se acabar em dia

Daniel Jonathan
Enviado por Daniel Jonathan em 29/12/2018
Reeditado em 29/12/2018
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