As horas

Os ponteiros do relógio estão desregularizados

As horas não passam e eu aqui sem mim e sem você,

O timbre da tua voz mudou o que és,

Não reconheço as nossas funções, não há tempo.

Não há a quem recorrer,

Perdido no passado, não consigo seguir o presente,

Nem fazer projeções sobre o futuro é possível,

Eu desaguo nos ponteiros parados e espero que as horas passem.

Não passaram, mas eu passei e tu também passaste,

Chegou o inverno e nós estamos presos a ele,

Nada do que façamos nos permite seguir,

Paramos no tempo e o tempo passou pra nós.

Eu me perco nas horas que o relógio não marca,

Vejo o tempo nublado e não ha estações alem do inverno,

Faz frio se não há você em mim,

Precisamos regularizar o tempo nosso e seguir...

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 27/12/2018
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