As horas
Os ponteiros do relógio estão desregularizados
As horas não passam e eu aqui sem mim e sem você,
O timbre da tua voz mudou o que és,
Não reconheço as nossas funções, não há tempo.
Não há a quem recorrer,
Perdido no passado, não consigo seguir o presente,
Nem fazer projeções sobre o futuro é possível,
Eu desaguo nos ponteiros parados e espero que as horas passem.
Não passaram, mas eu passei e tu também passaste,
Chegou o inverno e nós estamos presos a ele,
Nada do que façamos nos permite seguir,
Paramos no tempo e o tempo passou pra nós.
Eu me perco nas horas que o relógio não marca,
Vejo o tempo nublado e não ha estações alem do inverno,
Faz frio se não há você em mim,
Precisamos regularizar o tempo nosso e seguir...