Inverno

As águas da chuva corriam sobre meu corpo,

Por muito tempo se misturou ao suor

Que saia de meus olhos

E eu não sabia se a era eu.

O arco íris que teve início em meus olhos,

Terminou nos detalhes do teu corpo

Eu fui chuva ao deslizar sobre ti,

E sob o meu domínio esteve teu prazer.

A fresta que havia em mim

Foi suficiente para que a felicidade

Ficasse estabelecida no que sou,

Se fui ou hei de ser, não pertence ao que sou,

O presente me basta.

Não haveria razão para nós,

Desatamo-nos inconsciente,

Estabelecemos o fim e seguimos a florescer

Colorindo os jardins do inverno que nos cerca.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 27/12/2018
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