Por uma noite

Em outrora meu corpo desconheceu o teu,

Na primeira vez, eu te quis, selvagem, voraz

Na segunda, tive ainda mais sede dos detalhes teus,

Mas houve tempo, houve distância, nós não houvemos.

Nem dissemos adeus ou até logo,

Apenas caminhamos para lados opostos,

Teu corpo nu pertencendo a outro corpo,

Eu longe do teu e de todos,

Porque meu corpo não repousa sobre qualquer corpo.

O sexo que fora feito na quela sala escura,

Ainda permanece intacto em meus pensamentos,

O gosto do teu beijo, o tatear nosso, o calor

A vontade de entrar em tuas entrelinhas,

A sede insaciável de ter te deixado ir.

Parece que o tempo está a ser generoso comigo,

Certamente nossos corpos se cruzem novamente,

Talvez não haja medo, nem receio,

Talvez seja apenas vontade de te ter em meus braços

Por mais uma noite, ou alguns minutos.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 25/12/2018
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