BÁLSAMO DA RAZÃO.
BÁLSAMO DA RAZÃO.
Teus olhos são dois focos de vimes
que despertam no meu interior uma poesia
indescritível-suave-meiga-terna.
E eu não posso dar-te vida por que esta poesia
esta surda-calada-escondida.
Teu corpo é o espaço celeste
em que minha mente não está presente,
e minhas mãos presa neste espaço.
Tua boca guarda um beijo que jamais será dado,
guarda um beijo que está morto antes de ser vivido.
Guarda um segredo que só o acaso pode entender.
Ó amada lembra contigo nossas alegrias?
os nossos encontros que juntavam as noite insônias
o amor que pairava em nossas almas?
Mas hoje os teus beijos são lares de outro,
o teu corpo descanso de outro,
os teus olhos espelho pra outro.
E eu amada?
guardando as noites
guardando os sorrisos
Guardando o beijo sufocado e o macio de teus lábios,
que os meus já não mais tocaram
o gosto do teu corpo que o meu já desconhece,
guardando o amor que só foi projetado.
E eu minha amada?
devo guardar tanto segredo?
devo iludir os sintomas da doença do meu coração
e contentar-me com os bálsamos da razão?
ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
POSTADO EM 20/12/2018
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