Dinâmica dos Corpos Modernos

Mercado ganha

Trabalha e sonha

Seu sonho mercador

Ilusão do mundo redentor

Plastico estáticos sorrisos

Mutação e mutilação

Do número do cifrão

Glitter glamour

Brilha nos teus olhos

Dinâmicos e econômicos

La foram uns gemem e retorcem

Os corpos desafortunados

A TV brilha e tu não ver

Pre quê? Tu num quer ver

Tem que valer tem que vender

Tu tem que ter

Aumenta tua produção

E morre numa calçada

Meias duzias de alegria

Meio milhão de almas

Felizes respirando por aparelhos

Que lhes injetam álcool e drogas

Menos potentes que seus dogmas

E seus discursos

Num coro de cego ao matadouro

Sorria sorria

Tudo é fantasia

Tudo sempre foi fantasia

E talvez nisso morre a realidade

Tão ardentemente insuportável

Convence teu coração

E deixa ao tempo o trabalho

De envelhecer as maquinas

E apodrecer os corpos

E quem sabe sabe

Quem saberá?

Que tamanha banalidade

Diante do destino

Que tudo faz virar pó.