A CENA QUE ME ESCAPA
Olho para a tevê
E de algum modo
Não vejo do que se
Trata a cena que
Me escapa
Meus olhos são
Dois pequenos pontos
Além da região dos
Sonhos que
Não foram sonhados
Ando pela casa
E os passos que
Ouço são os meus
Não há mais ninguém
Sabe aquelas histórias
Que costumávamos
Contar quando
Fazia sentido a
Esperança, pois é
Tudo se perdeu
O tempo foi murmurando
Deslizes pelo
Corredor e o coração
Da noite sentiu
O frio do dia
Mas a água que
Vem da tua boca
Agrada até os deuses
Inexistentes
Vai como quem
Sabe o futuro e
Conhece as regras da
Vida
Enquanto isso
Coloco meus pés
Pro alto e deixo o mundo
Se virar sem mim...