Anormal

Unam-se a mim a despeito de tantas ideias/

Pois cresci na idade da pedra/

Me ensinaram a ganhar/

Num mundo que não se precisa ter/

Me ensinaram a ser o melhor, pra viver/

Me ensinaram a mentir/

Porque a verdade mata/

Me ensinaram a ter pena de quem não é igual a mim/

Por julgar nos outros inferioridade/

Mas descobri, que mesmo que você nem tenha membros ou bens/

Seja ignorante da nossa realidade/

Nada faz de você/

Ou torna-me diante de ti a superiodade/

O padrão da pessoa é ser humana/

Afinal, na guerra devo cuidar dos mortos/

Devo cuidar dos feridos/

Ou antes que tudo aconteça fazer a paz/

Não podemos mais promover o deserto/

Promover a intolerância/

Lutar pelo caos/

Se por si a vida tornou-se difícil/

Não podemos colocar fogo no paraíso/

É aceitar, que nós somos nada além de nada/

Que somos, quem querem que sejamos/

Como posso contrariar tantas dádivas/

Se no dia a dia há sempre algo além do presente/

O sol de cada manhã/

Minha existência/

A mulher, que carrega no seu corpo, um filho/

O homem sob o suor do rosto, que planta o que come/

As flores nos dizendo que tudo é lindo/

Você que ainda nem conheço/

E os pássaros teimosos, que não cansam de parafrasear/

Que a razão da vida, é o amor/

Celebremos com quem está mais perto/

Vamos fazer do deserto um rio/

Vamos fazer o impossível tornar o nosso querer/

Vamos desistir de querer ser o rei/