"A cor dela não era igual a minha!"


Às vezes fico por aí sempre recordando
Das coisas que nos mentiam em criança
E a gente ficava sempre acreditando
Sem ter sequer a mínima desconfiança!

Certa vez perguntei a uma amiguinha
Com toda a pureza do meu coração
Por que a cor dela não era igual a minha
Respondeu-me sem nenhuma preocupação!

Disse-me a sorrir no dia em que nasceu
Era noite intensa, uma profunda escuridão
E minha mamãe pelas dores coitada esqueceu
Dormiu quando eu nasci apagando o lampião!


Estava tudo tão escuro era tudo como carvão
E a cegonha,coitada só enxergava a frestinha
Então minha pele de frio preteou com a emoção
Fiquei diferente na cor,mas sou tão bonitinha!
Maria Augusta da Silva Caliari
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 14/12/2018
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