Nosso Amor

O teu beijo profano/

Encarcera a minha alma/

Convida a minha necessidade/

A beber à fome do prazer/

Desesperando o corpo/

E a insanidade, de desejo/

Que, embriagado, penso no amor como vício/

E o pecado, só ensaio pro perdão/

Sem roupas e sem razão/

Sem verbo na boca/

Parafraseio gemidos soltos aleatórios aos teus/

Que insaciáveis preenchem o quarto/

Ofuscando aos meus/

Inúmeras vezes me comes/

Sem perder da cabeça meu nome/

Intermitentes pareces querer, em segundos exaurir as minha forças/

Mas o cio dos instintos/

As imorais posições/

Aliadas a desmesura da paixão/

Nos permitem anormalizar o dia e a noite/

Inventando pra nossa vida uma ficção/