Uma prece que leva ao céu
Era um templo enorme
Nele cabiam anjos
Promessas ecoavam
Esperanças de retomar
Alguns querendo contar segredos
Outros querendo se perdoar
Havia ícones distraídos
Mas todos plácidos
Mas todos lânguidos
Quantas juras de vida
Quantos joelhos flexionados
Quantas detonações
Quantos estalidos
Mais altos que as confissões
Quantas esculturas se fizeram de escudos
Quanta descrença no que se via
Mais santos ali jaziam
Quantos saíram do templo em andores