A prótese
Do Tiradentes ouvi-se, abri!
E uma massa fria adentra a boca
Comprimindo o céu sem estrelas.
Um cheiro desconhecido
Invade os sentidos
E o que foi deglutido
Tenta sair.
Tão rapido quanto um lampejo
Um pensamento me diz,
Segura José!
O mar dos olhos transborda
E corre
Sobre a face.
Tomei um vomitorio,
Penso!
Resta-me o bom senso.
E na boca permanetemente
Carrego um papel de bala,
Como dentes!