A prótese

Do Tiradentes ouvi-se, abri!

E uma massa fria adentra a boca

Comprimindo o céu sem estrelas.

Um cheiro desconhecido

Invade os sentidos

E o que foi deglutido

Tenta sair.

Tão rapido quanto um lampejo

Um pensamento me diz,

Segura José!

O mar dos olhos transborda

E corre

Sobre a face.

Tomei um vomitorio,

Penso!

Resta-me o bom senso.

E na boca permanetemente

Carrego um papel de bala,

Como dentes!

Edivaldo Mendonça
Enviado por Edivaldo Mendonça em 13/12/2018
Código do texto: T6525947
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