Além

E no fim da labuta,

O teu lucro maior!

É uma caixa enfeitada

Flores e paletó

Restos de vidas

Ambos virando pó.

E como eterna guarida

Tens o teu mausoléu

Uma cor na gravata

Sob um chão

Sem um céu.

É morada perpetua

Nem é rasa, nem é funda

Não é larga ou estreita

É a medida exata

A tua vida desfeita.

É o que conseguistes

Ao buraco levar

E o resto deixastes

A outro gozar.

Edivaldo Mendonça
Enviado por Edivaldo Mendonça em 13/12/2018
Reeditado em 13/12/2018
Código do texto: T6525941
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