As Marquises da Esperança

O término de minha esperança

Abrange fatos operados pela solidão dos fatos

Como o mundo me julga

Se na realidade o conflito de realidades

Conjuga meu medo na separação anafilática

De minha redenção final

As coisas se perderam no meio iníquo da dor

Onde a cicatrização camufla a minha vida

Queria renascer de novo e viver no mundo redentivo

Do paraíso

Como se o mundo fraquejasse pela falta

De misericórdia as hastes da fraqueza

Congelam a minha insistência

O futuro me aguarda onde os sonhos aguçam

O sentimento humano

Como se a vida estivesse me afugentando

No meio de catástrofe e dor

Viver no mundo intercalado e dividido

Pela minha razão

Não configura os meus segredos

No meio sintomático da misericórdia

Como se o mundo passasse pelas minhas mãos

E desarticulasse as ações conflitantes

De meu imaginário

Olho a virtude de meu interior

Onde os fatos não superam a observação

De meu imaginário

O meu medo intercala as preces de justiça

Se eu voltasse a vida talvez

Caminhasse no caminho no inimaginável

O toque reescrito pelas aquisições da saudade

Me faz camuflar desejos na altura de minha condição

De relançar uma nova história em minha jornada

A labuta confisca o encontro de meu pensar

Os sonhos se regeneram

Na busca súbita pelo prazer

É como se o meu coração parasse de bater

E eu vivesse na solidão ininterrupta

Orquestrada pela magia suplantada

Pelas dores do prazer