Paraíso
A segurança vigia nossos passos
O telefone toca e a armadilha se inicia
Estou preso nas correntes da solidão
A vigilância cuida do rotineiro
Por que o mundo não me reconhece
Como o merecedor do destino do paraíso
Eu não quero viver aqui
Estou vigiado pelas traças do medo
Olha os nossos traços de misericórdia
Como se vivessemos na parte sufocante da noite
Eles não me reconhecem como herói
Como se a sede de justiça falasse mais alto
Não convivo no destino de meus pensamentos
Vivo na cicatriz imediata do paraíso
Eles vivem sucateando prédios
Como se conflitassem o destino de suas almas
Os sonhos repreendem meu imaginário
Palavras não festejam a simulação da dor
Olha como o mundo se acalma
Na forma de vivenciar a solidão
A vida escuta o seu destino
Onde a distância atrofia nossos caminhos
Como se vivessemos no caminho da discórdia
O coração se infiltra nas linhas do imaginário
Vivo o silêncio do infortuno
Que silencia o domínio acutelado pela paixão
Eu quero escapar mas o silêncio me asfixia
Olha como as coisas infringem
As cartas do meu imaginário
Olho o conflito angustiante da dor
Que silencia a redenção
O caminho até as estrelas
Seguem o conflito até a ignorância de meus caminhos
Onde o mundo vivenciará a guerra destinada
A sucatear os meus objetivos na colônia
Do medo