FOICE
Vem descendo a noite
Sobre um humilhado coração.
Amarga vem, como archote
Nas costas dum varão.
Seu grito, ai, um corte
Nos sonhos de verão
A exalar o frio da morte,
Seu mais fundo ferrão.
Ai, minha sorte
Ai, minha prisão!
À noite é mais forte
A infinita exaustão
De lutar contra foice
Da imaginação!