O Exílio do Meu Eu
Em sonhos, percebi que eu tinha uma visão desconexa do mundo.
Talvez fosse um submundo ao qual o meu consciente submergiu-se, ou, pode ser que infligi-me em punição a minha mente;
Senti-me sendo devorada por dentro, quando as asas que nasciam sobre as minhas costas, foram arrancadas cruelmente. Impedida de ser liberta dos cárceres que a minh'alma fora aprisionada;
Acoada em um planeta que em mim sempre pareceu-me exilado, não existia saída, ou se n'ele eu me perdi.
Esta foi a Guerra que eu travei, foram várias batalhas perdidas, muito sangue derramado
Até que uma espada "esperança" adentrou-me pelo peito rasgando a carne e penetrando em meus ossos. Afligiu-me o Ser, partiu o meu coração em dois pedaços.
Um deles sobreviveu, o outro veio a morrer.
A vida pode ter sido impiedosa para com tua filha, mas, por vezes eu morria inteira... Aprendi a viver sendo metade, a conviver com os fantasmas que antes me assombravam. Me pareceu loucura, mas nunca havia me sentido tão completa, deixando à parte que me eras doente morrer
Deixando a outra em sua sã lucidez criar asas e voar.