Poema de Natal

Maria da Luz

Estreou a vida

Em mês primaveril.

Floriu o mundo

com seu sorriso

Juvenil.

Se fez amante

Das coisas belas

E a musa

Dos poemas de amor.

Os seus vapores

Soltavam odores

de lascívia e paixão.

O seu amado,

Um belo infante,

escafedeu-se

No breu da noite

De Verão.

Não deu a luz

Com seu amante

Porque o útero

do seu destino

Era estéril.

Por ser etérea

Maria da Luz

Dissipou-se

Na solidão.